segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PET Educomunicação marca presença na Semacom

Por Monalisa França e Talita Vital (Cobertura Colaborativa)

A tarde de quarta-feira (29) foi regada a muita discussão e um ótimo bate papo na mesa redonda “Mídia e Racismo: uma discussão necessária”. A tutora do PET Educomunicação Professora Adriana Omena e o Mestrando em História pela UFU, João Gabriel compunham a mesa, que debateu este tema ainda tão presente em nossos dias. 

Gabriel Rodrigues abriu a palestra, apresentando os convidados e a professora Adriana deu o pontapé inicial à conversa e expôs o trabalho de sua orientanda Gabrielle Carolina, que fazia uma análise da Revista Folha de São Paulo sobre a realidade construída pela mesma do negro e do pobre. Adriana explicou passo a passo o que sua orientanda analisou e nos mostrou fragmentos das matérias analisadas e o racismo está lá presente nas entrelinhas. 

Após a fala da professora, João Gabriel nos apresentou o seu trabalho intitulado “Negritude, Mídia e Juventude”; nele, João mostra dados sobre como a Mídia coloca a questão do negro e, assim como a professora Adriana nos apresentou, o racismo mais uma vez está ali nas entrelinhas de propagandas de várias empresas de renome, que fazem parte do nosso cotidiano. 

Ao fim da mesa, após as considerações dos convidados, as perguntas e comentários dos participantes foram respondidos e vimos que o assunto desta mesa não morreu ali; pelo contrário, a mesa foi uma oportunidade de instigar os participantes a pensar e refletir sobre esse assunto tão presente em nossa sociedade e que, muitas vezes, não queremos enxergar! 

A constante produção de perfis - resultados! Parte 04

Militante na vida
Por Ilma de Moraes

"Gosto muito da prática do jornalismo, mas sou consciente das dificuldades que enfrentarei no mercado profissional. Pretendo seguir, então, na academia, pois sei que nela, através do contato direto com a população universitária, poderei contribuir mais e melhor com o desenvolvimento do meu país."

Pensando assim, Isley Borges, 21 anos, milita no 3 º ano da graduação do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia. Digo militante, porque não dá para dissociar o forte traço do exercício político vivido desde os tempos do Grêmio Estudantil em Monte Carmelo, sua terra natal no Triângulo Mineiro.

Os desafios das comunidades rurais, a discrepância econômica das periferias, a atividade comunitária e o combate contra a discriminação das minorias sociais são antigos conhecidos desse jovem que começou a politizar na União da Juventude Socialista (UJS), foi diretor do DCE da UFU e hoje participa do Kizomba (grupo representativo da juventude petista na universidade).

Em nosso bate-­papo, seu olhar é convicto e chama atenção quando traz à superfície a pauta do homossexualismo assumido aos 14 anos de idade. Não houve repressão nem preconceito familiar em relação à sua opção sexual. Para ele, tudo aconteceu com o privilégio de um entendimento afetuoso que o mantém ativo e sensível à luta em favor dos companheiros LGBTs menos favorecidos pela vida. "Apesar dos avanços sociais, ainda não há uma atitude compromissada do governo atual para resolução das verdadeiras questões dos homossexuais, como a saúde por exemplo. Sei das contradições políticas dos petistas hoje no comando do país e não posso negar que o governo se esquiva de contribuir com ações e melhorias para o povo brasileiro", revela.

Isley não é o óbvio, é o contraponto de si mesmo e não apenas só isso. Ele, com certeza, é muito mais que isso...  Olho e vejo a barba delineada e a camisa xadrez vermelho, sinto a gargantilha de patuá combinando com o par de alpargatas descompromissado; tudo faz parte de um gosto bastante peculiar. Assim como quando seleciona as palavras para se referir ao seu parceiro. Gostei dele desde o primeiro instante, pois Isley prefere sempre ter uma posição definida sobre os problemas sociais. O jovem de quem falo pertence à minoria saudável que empunha uma bandeira da qual não abre mão: "sou um combatente pela vida, gosto de interferir, transformar os rumos!", garante.

A constante produção de perfis - resultados! Parte 03

A experiência acadêmica de Anna Vitória Rocha
Por Renato Soares Pinheiro

O ar­-condicionado  contrastava  com os ventiladores  ligados  na Ilha Digital, na Universidade  Federal  de  Uberlândia,  quando  encontrei  Anna  Vitória  Rocha.  O cabelo  ruivo, cortado  curto,  ressalta  o  verde  dos  olhos,  e  a  estatura  alta oferece­lhe  aparência  de  mulher decidida, que sabe o que quer. O frio que sinto parece não incomodá-­la. Sentada com as pernas cruzadas,  os  computadores  à  nossa frente iluminando­ nos  os  rostos,  Anna  Vitória  diz­-me  que sempre teve vontade de trabalhar como jornalista.

Atualmente, Anna é graduanda do segundo ano do curso de Comunicação Social pela Universidade Federal de Uberlândia,  considerado o melhor do  país, segundo o ENADE. Desde muito nova, adorava estudar, e, atualmente, não deixa a desejar nessa questão. Aluna com ótimas notas, Anna acredita que a universidade representa parte fundamental da formação do profissional. "A prática, com certeza, é importante, mas o fundamento teórico é o que faz com que o trabalho seja realizado de forma  certa. Sem as teorias, o que  é produzido pode não se  encaixar no que  é esperado daquele trabalho".

Além das aulas normais, Anna Vitória é orientanda em iniciação científica. Seu trabalho é voltado à comunicação pública da ciência, que consiste no estudo da problemática da divulgação, nos  meios  de  comunicação,  das  pesquisas acadêmicas.  Anna  parece indignada  ao  dizer  que  a grande mídia  não revela quase nada que  compõe  a  área acadêmica,  que,  para  ela,  é  de extrema importância  e  deveria  ser  de  interesse geral.  "A  área  da comunicação  pública  da  ciência  é desconhecida para a maioria das pessoas, isto fez com que eu me interessasse por este tema tão significativo, principalmente para quem trabalha com as pesquisas. Meu trabalho encontra-se em um primeiro estágio, mas logo terei a oportunidade de entrar em contato com os principais meio de comunicação de Uberlândia".

Vivendo em Uberlândia desde seu nascimento, Anna acredita que o mercado jornalístico da cidade não se encontra em boa situação."Aqui só existe um jornal impresso, que possui grande influência em diversas áreas da cidade. Claro que existem outras opções, mas a limitação imposta por  essa situação  é preocupante".  Por  gostar  de  escrever,  Anna  vê em seu futuro  um empecilho causado pela pouca diversidade de meios de comunicação que a cidade apresenta.

Quando pergunto qual seu sonho no meio jornalístico, um sorriso e uma expressão de dúvida preenchem seu rosto. Depois de alguns segundos, diz que tem grande interesse na história do  povo  judeu,  asneando  elaborar  um  livro  reportagem. Para  ela,  poucas produções  mineiras procuram  entender  esse momento histórico  e  elaborar,  com detalhamento, trabalhos jornalísticos com a finalidade de expor a trajetória, por exemplo, dos judeus na segunda guerra mundial.

A constante produção de perfis - resultados! Parte 02

Laura
Por "Maapha"

Uma presença notável. É com essa frase que sou capaz de resumi-la. É impossível não reparar nela. A voz imponente e impositiva, as opiniões fortes, o gosto excêntrico para moda. Ela sabe que chama atenção e lida com isso como se respirasse.

Nunca fomos tão próximas assim, mas sempre senti uma conexão. Não que sejamos parecidas, sei que não. Aprendi a conviver com o mal enquanto ela luta contra ele com todas as forças. Ela atua no presente, aproveitando cada momento, e eu salto entre passado e futuro. Nenhuma de nós está errada ou certa: são modos de viver. E, nisso concordamos, existe um limite pessoal no qual devemos evitar nos metermos se não convidados.

Apesar de diferentes, não somos opostos em conflito. É um prazer conversar com ela. Sabe jogar como ouvinte e falante. Não liga o bastante para o passado a ponto de contar histórias, mas vejo que não se escondeu da vida; há cicatrizes. Foi derrubada e se reergueu, ferida e sobreviveu, nunca se deixou abater. É um tipo de força que eu não conhecia de perto. Não é agressividade: é defesa, de outras coisas que não ela mesma. Sua sinceridade é um charme e uma arma bem usada para conquistar aquilo em que acredita. Num momento e ambiente tão teórico, suspiro de alívio ao ver alguém que gosta de ver problemas resolvidos.


Há poucas coisas nas quais ela se segura de verdade. As mais fortes delas, observo eu, são seus ideais. Diferente de mim, que preciso de um ancoradouro seguro, ela é uma navegante sem porto. A estaticidade a entedia e o desconhecido a intriga. Gosta das águas agitadas e se lança a elas sem temor, porque sabe que nada de tão ruim pode acontecer. Se acontecer, sabe que aguenta. E ama o que é.

A constante produção de perfis - resultados! Parte 01

Renato e o mistério da vida, do universo e tudo mais
Por Anna Vitória Rocha

Renato Soares Pinheiro tem sete tatuagens espalhadas pelos braços, entre flores e outros símbolos coloridos. É impossível saber o que cada desenho quer dizer, mas ele garante que todos significam algo em sua vida. Uma delas, no antebraço esquerdo, é o número 42 pintado em vermelho. O número é uma referência à série de livros de ficção científica “O guia do mochileiro das galáxias”, de Douglas Adams, e é a resposta encontrada pelos personagens para o segredo da vida, do universo e de tudo mais. Ele conta, com a seriedade de quem realmente guarda uma parte desse segredo, que, na história, é dito que se a resposta não significa nada, talvez seja hora de repensar as perguntas. 

A busca por significado fez também que ele abandonasse o curso de Administração de Empresas dois anos e meio depois de tê-lo iniciado, por não saber exatamente o que queria fazer da vida. Apesar do amplo espectro de possibilidades de emprego que a graduação poderia lhe trazer, ele pensava que nenhuma faria a real diferença que ele queria ver - a pergunta, portanto, era outra. Seu objetivo, hoje ele enxerga e diz isso sem pensar muito, como quem tem a resposta na ponta da língua , é impactar a sociedade e ser uma espécie de força de mudança. Foi isso que o trouxe em 2013 ao Jornalismo. 

Quase um ano depois de ter se transferido para o novo curso, Renato ainda não tem o hábito de ler jornais, o que ele confessa de forma um pouco reticente. Mas, mesmo sem conhecer a fundo um dos principais produtos gerados por sua futura profissão, conta que viu o potencial do jornalismo de catalisar mudanças através do escritor japonês Haruki Murakami. O livro “Após o anoitecer”, que conta a história de seus personagens de forma similar a uma notícia de jornal, mostrou a ele o potencial desse meio, ao abordar temas como gênero e violência, e fazendo-o ver que a reportagem seria um bom caminho para tratar dessas questões que lhe são caras.

O potencial, aliás, foi uma das coisas que mudaram desde que ele resolveu encarar uma graduação diferente. Ao contrário de muitos estudantes que entram em um curso de Jornalismo com um olhar ingênuo sobre os meios de comunicação, Renato tinha uma visão inteiramente pessimista da grande mídia - o que combina com seu modo de agir, todo circunspecto, apesar do ar descolado dado pelas tatuagens, a pulseira no braço e o colar no pescoço.  Com as aulas, esse panorama fatalista ganhou um pouco mais de luz. “Eu achava tudo ruim, era muito cético, e hoje vejo que não é bem assim. Sempre existe algo de bom, até mesmo nas piores coisas”, ele reconhece. O pior, de acordo ele, se encontra em veículos como a Rede Globo e tudo que é, em suas palavras, “mainstream”. A não ser que esteja passando fome, dinheiro algum o faria trabalhar com algo que ele não acredita. “Não trocaria nada por dinheiro”, afirma. 

Ser diferente é algo bem importante para esse homem de barba espessa e cabelos pretos, grandes o suficiente para serem presos em um coque improvisado. Sobre seu livro favorito, de imediato ele responde “A menina que roubava livros”, de Markus Zusak. Um best-seller. “Mas esse todo mundo leu, né. Outro que me marcou foi ‘Laranja Mecânica’”. O problema, no entanto, não é que muitas pessoas conheçam, mas sim o vazio que pode surgir de tudo que é produzido tendo em mente uma grande massa. Mas séries como “Breaking Bad” lhe mostram que nem tudo está perdido. 

Outro aspecto muito importante de sua vida é a liberdade. Renato saiu da casa da mãe, em Ribeirão Preto, em 2010. O objetivo concreto era fazer faculdade, mas havia também o sonho de sair de casa e viver algo diferente. Hoje, em Uberlândia, ele mora com um amigo que conheceu ainda na época da escola e apesar de ter que conviver com a bagunça do colega - “homem é difícil, né” - ele recomenda a experiência pra todo mundo, e garante que é possível se engrandecer enquanto pessoa a partir dessa nova perspectiva. Até mesmo as saudades da família são positivas para ele, pois a falta que sente dos seus faz com que ele se concentre no que é importante e dê menos atenção a brigas bobas.
Sua busca convicta por significados profundos, impacto na sociedade, liberdade individual e crescimento pessoal mostram que, para quem não sabia o que queria há dois anos e meio, hoje, aos 22 anos, Renato tem as questões mais importantes da sua vida bem definidas e pode estar mais perto do segredo da vida, do universo e de tudo mais do que imagina - ao menos no que diz respeito a ele mesmo. A parte mais complicada, quem diria, está resolvida. “Agora preciso começar a ler os jornais, né”, diz ele, sorrindo. 

Freelancer dá dicas aos futuros jornalistas

Por Giovana Silveira Santos (Cobertura Colaborativa)


O bate­papo com a jornalista Mariana Segala que abordou o tema “Os desafios de ser um jornalista freelancer”,  aconteceu  nesta  manhã  no  segundo  dia  da  Semana  da Comunicação, realizada  na Universidade  Federal  de  Uberlândia.  Com  uma  conversa informal,  a  jornalista inicialmente  contou sobre  sua  carreira  profissional.  Mariana trabalhou  por  muito  tempo  em redações de grandes veículos comunicacionais, como na Agência Estado e na Revista Exame.

A repórter ressaltou as dificuldades atuais para os jornalistas que decidem trabalhar nas redações, como as constantes demissões em massa. E, através de pesquisas, demonstrou o aumento de  profissionais  da  área que  atuam  em  empresas  com  funções  de  assessoria e  docência.  Neste contexto, Segala destacou que muitos jornalistas optam por exercer a atividade de freelancer. Esse trabalho  está sendo  cada  vez mais requisitado, uma vez que boa  parte do  conteúdo das  grandes revistas é produzido por estes profissionais.

Assim, aos interessados em se tornar um freelancer, Mariana sugere algumas dicas: para obter  clientes busque seus  contatos  adquiridos  de  experiências  anteriores, tenha proatividade  na realização de todos os trabalhos, produza matérias bem  apuradas  e dentro do prazo,  a fim de se diferenciar  e  destacar  no mercado.  Outra  sugestão relevante  é  a  disciplina,  adote  a  rotina  de produção de uma redação para que o trabalho seja cumprido com eficiência.

Financeira e juridicamente é aconselhável ao frila que se abra uma empresa, de modo a obter um CNPJ, pois como explica Segala as revistas geralmente cobram a emissão de notas ficais de cada notícia produzida. Além de facilitar o pagamento de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma das grandes preocupações de quem trabalha no mercado informal.

Mariana, porém, faz uma advertência “a profissão de freelancer não funciona para todo mundo,  depende de  uma  série  de  fatores”.  Visto  que  apesar  de  ser  uma  profissão  com  rotina flexível, não dispõe de um fluxo financeiro constante.

Minicurso aborda possibilidades de atuação na comunicação

Por Laís Farago e Leidiane Campos (Cobertura Colaborativa)

O segundo dia da Semana de Comunicação que acontece na UFU contou nesta tarde com a presença  da  assessora  de  imprensa  Janaina  Sorna  e  da  jornalista  Ana  Julia  Muniz que ministraram  o  minicurso  “Assessores  e  jornalistas:  os  desafios  de  cada  lado”.  As profissionais pontuaram as diferenças entre as duas áreas na comunicação. De  acordo  com Janaina, o  assessor deve possuir  características  como: proatividade, dinamismo  e criatividade. Sorna também deu dicas para  escrever  um bom release:  o texto deve chamar  atenção  do  jornalista  e  trazer  a  possibilidade  de  vários  desdobramentos.  A palestrante ainda acrescenta: “A grande vantagem de atuar como assessora é essa dinamicidade e possibilidade de trabalhar com diversas áreas”.

Ana Julia  contou sobre sua  atuação  na  área  do  jornalismo.  De  acordo  com  ela  os jornalistas  devem ser  tradutores  de  informações,  comunicativos  e  não  gostarem  de rotina,  pois nessa  profissão encontrarão  diferentes  realidades  no  dia  a  dia.  “A produção  jornalística  é  algo apaixonante”, ressalta.

A estudante de Comunicação Social, Nayane Dominique, assistiu ao minicurso e pontua que por  ainda  não  ter  cursado  a  disciplina  de  Comunicação  Organizacional  e  Assessoria de Imprensa considerou relevante o que foi exposto pelas profissionais: “Acho importante conhecer as possibilidades que o curso me proporciona no mercado de trabalho”, afirma.

Ao finalizarem sua exposição, Janaina e Ana Julia ressaltaram que as diferenças entre as áreas  não  devem  ser  vistas  como  barreiras,  pois  “o  assessor  e  o  jornalista possuem funções diferentes, mas que se complementam”.

A III Semana da Comunicação encerra na quinta­feira (30). Ainda ocorrerão diversas palestras,  oficinas  e  minicursos.  Entre  eles  está  a  palestra  “Já  conversamos  sobre jornalismo ambiental?”  que  contará  com  a  presença  do Comitê  da Bacia  Hidrográfica do Rio  Paranaíba  e ocorrerá nesta quarta­-feira (29), às 19h no anfiteatro do bloco 5S, no Campus Santa Mônica.

E você jornalismo, para onde vai?

Por Monalisa França (Cobertura Colaborativa)

Esta foi a pergunta que cutucou os participantes da palestra de abertura da Terceira SEMACOM. Nesta segunda (27), recebemos a professora Roseli Figaro da Escola de Comunicação e Artes da USP.

A palestra foi iniciada com um panorama sobre o tema e a exposição do belo currículo da professora Roseli, feitos pela estudante de Jornalismo Laura Fleury. Após isso, era a vez da palestrante dar um show ao expor, com simplicidade e bom humor o assunto pelo qual tanto nos interessamos: a tal da Comunicação! Em sua fala, Roseli deixou claro que a Comunicação deve atingir a todos e não uma parcelinha da população e que ela não se reduz à um simples fluxo de informações, pelo contrário, ela vai além!

Roseli também nos trouxe dados sobre sua pesquisa realizada com jornalistas de São Paulo, intitulada “As Mudanças de Trabalho no Mundo do Jornalista” , que tratava sobre a mudança no mundo de trabalho destes profissionais e também observava o perfil dos mesmos. Dentro desta pesquisa, vários temas para discussão surgiram como as novas possibilidades da profissão, o diploma para o jornalista, a mercantilização, o novo currículo e várias outras questões.

O interessante é ver que a Comunicação não se resume se na profissão do Jornalista ou Designer, por exemplo; antes, ela é universal e na palestra, notamos que haviam diferentes facetas da mesma presentes, desde estudantes de Jornalismo até profissionais da área da Saúde, o que resultou em uma ótima mistura de saberes e experiências!
Ao fim da palestra, Roseli prontamente atendeu às dúvidas dos participantes sobre a intrigante pergunta sobre o destino, não só do Jornalismo, mas da nossa COMUNICAÇÃO! 

Fotografia: Rafael Leonel

HQ's também são comunicação!


Por Talita Vital e Mariely Dalmônica (Cobertura Colaborativa)

Falar sobre histórias em quadrinhos parece fácil e somente para entretenimento, mas não é o que o minicurso "História em quadrinho: criação de personagens e roteiros de outros universos", ministrado pelo professor Rafael Venâncio na III Semana de Comunicação mostrou.

Como um produto que é encontrado em todo mundo, cada região trata a forma de contar histórias sequencias em quadrinhos de uma maneira. Até os nomes são diferentes, não só pela língua, mas pelo desenvolvimento no país ou região. Nos Estados Unidos são comics, no Japão são os mangás e no Brasil, chamamos de HQs.

O professor aproveitou o espaço apresentar um pouco das características dos quadrinhos em diversos locais.
As HQs, também chamadas de comics, se popularizaram no brasil no século XVII, começando com as tirinhas, que são histórias em quadrinhos não sequenciaisNo decorrer do tempo foram surgindo estilos diferentes nos Estados Unidos, Japão, Europa e no Brasil.
Nos Estados Unidos percebesse as seguintes eras: Ouro, Prata, Bronze e Moderna, no Japão as HQ's têm cunho mais fantasioso e são chamadas de mangás. Na Europa, especificadamente na França e Bélgica, as histórias são basicamente de aventuras e na Itália a junção do mais fofo com o mais cru, lembrando que os quadrinhos da Disney são de origens europeias. Já no Brasil, o estilo mais conhecido é o de Maurício de Souza, pois não há uma abertura do mercado brasileiro para outras influências.
Assim, atualmente se percebe características marcantes nas histórias em quadrinhos como: pantomino, domínio do tempo, sequência, a presença de um protagonista e o reset
Enfim a arte de fazer histórias em quadrinhos vai muito além, há toda uma história, um contexto e pontos cruciais nas suas entrelinhas.